segunda-feira, 9 de julho de 2012

O AMOR COMO MÉTODO PSICOTERAPEUTICO


A nossa relação homem e mulher contemporânea, herdou séculos de individualismo e competitivismo, caracterizada pela dominação do outro, gerando ansiedade, desmotivação para os ideais interiores, insatisfação e o vazio existencial, contrário ao auto-amor.
A partir de amar-se a si mesmo, o indivíduo amadurece os sentimentos de compreensão da vida e de deveres morais para com a própria evolução psicológica. Esses descobrimentos permitem ao homem a identificação dos valores reais e imaginários, rasgando o véu que esconde os “receosos” limites e as “insuportáveis” imperfeições, a fim de prepará-lo para a superação, trabalhando com empenho e sem exigências desnecessárias, perdoando-se quando erra até alcançar o êxito.
O amor não pode jamais ser biológico ou ocasional, deve ser acima de tudo espontâneo, sem forma, sem imposições, sem cobrança e sem exigência de retribuições. Desse modo, o amor não gerará dependência, a que se apegam os ansiosos, os fracassados, os angustiados, que transferem seus conflitos para o outro, necessitando de uma segurança que ninguém pode lhe oferecer, a não ser ele próprio.  Não é difícil encontrar um relacionamento cuja base está no jogo de interesse de dois indivíduos solitários que buscam uma relação de compensação, engajados por um pseudo-amor, quando, na verdade, estão se esquivando da solidão, daquele vazio interior que suscita perturbadoras neuroses.
Para que haja ternura no relacionamento se faz necessário que existam forças morais, oriundas do autoconhecimento e do abandono das máscaras ilusórias, que antes traduziam o amor, para superarem as vicissitudes sem que se perca a individualidade e os sonhos. O amor é o mais eficiente método psicoterapêutico ao alcance de todos.

Fernando André Costa
Psicoterapeuta
CRP 02/15517

Nenhum comentário:

Postar um comentário